Ao começarmos algo novo, nossa
tendência é sempre usarmos aquilo que já conhecemos, fazendo analogias,
na tentativa de pisarmos em “terra firme”. Se nossos pontos de referência forem,
por exemplo, materialistas e belicosos, não poremos limites a nossa sede de
conquista e exploração, agindo como predadores. Se formos medrosos ou
desconfiados, veremos ameaças em tudo, nos tornando paranoicos e fãs de teorias
da conspiração ou então veremos “o fim do mundo em tudo”. Se acreditarmos que
somente existe, aquilo que pode ser constatado pelos cinco sentidos e que seja
passível de ser comprovado por provas materiais, ou que esteja de acordo com
nossas condições conhecidas de existência, é claro que continuaremos céticos e
limitados a nossa zona de conforto, negando que possa existir algo
desconhecido, dentro desta ótica.
Se decidirmos nos tornar desbravadores
“de novas terras”, teremos de ter consciência de que, ás vezes, nossos conhecimentos
e recursos não serão suficientes para nos adaptarmos e sobrevivermos às novas
condições, mas poderemos aprender muito com "aqueles que já conhecem o local".